Um ensaio sobre liberdade e tolerância religiosa na Maçonaria
Introdução
O início do mês de setembro de 1874 parecia ser mais um período comum na Grande Loja Unida da Inglaterra – GLUI. A Maçonaria era uma instituição poderosa no então Império mais poderoso do mundo. Gozava de prestígio social, exercia sua autoridade sobre todas as Grandes Lojas provinciais e coloniais e tinha entre seus membros muitos nobres, inclusive o príncipe herdeiro e seus imediatos na linha de sucessão, além de clérigos, industriais e homens de classe média alta, formando uma vasta rede de cidadãos por todo o Império Britânico.
A Maçonaria representava um baluarte de valores tipicamente britânicos: a defesa da liberdade de consciência, da liberdade de religião, da liberdade de expressão, da liberdade econômica.
Seu Grão-Mestre desde 1870 era George Frederick Samuel Robinson, mais conhecido como o Marquês de Ripon, estrela ascendente do Partido Liberal, membro de família inglesa…
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