I – Uma inspiração
Jesus disse: “Em verdade, em verdade vos digo: quem não nascer de novo não poderá ver o Reino de Deus”.
Nicodemos perguntou-lhe: “Como pode um homem renascer, sendo velho? Porventura pode tornar a entrar no seio de sua mãe e nascer pela segunda vez?”.
Jesus responde: “O que nasceu da carne é carne, e o que nasceu do Espírito é espírito.”
Sagradas Escrituras – Evangelho de São João, Capítulo 3, Versículos 3, 4 e 6.
II – Uma reflexão
A pintura propõe uma reflexão sobre a insignificância da vida terrena, a certeza da morte, a efemeridade das vaidades e a transitoriedade das coisas materiais. Uma tela típica da estética barroca, simbólica, do gênero natureza morta do século XVI. Este gênero é um tipo de arte simbólica chamada de “Vanitas” (vaidades em Latim), feita para impressionar o espectador, incluem símbolos como caveiras, que são lembretes da inevitabilidade da morte; ampulhetas, que são simbolizam a brevidade da vida; e assim por diante, presente na expressão latina “memento mori” que, se traduzido literalmente, significa “lembre-se da morte”.
III – Uma alegoria
Na Alegoria da Caverna, Platão descreve que alguns homens, desde a infância, se encontram aprisionados em uma caverna. Nesse lugar, não conseguem se mover em virtude das correntes que os mantém imobilizados. Virados de costas para a entrada da caverna, veem apenas o seu fundo. Atrás deles há uma parede pequena, onde uma fogueira permanece acesa. Por ali passam homens transportando coisas, mas como a parede oculta o corpo dos homens, apenas as coisas que transportam são projetadas em sombras e vistas pelos prisioneiros. Certo dia, um desses homens que estava acorrentado consegue escapar e é surpreendido com uma nova realidade. Ao olhar a luz da fogueira seus olhos ficam ofuscados, pois ele nunca tinha visto a luminosidade. Ele caminha mais e com dificuldade chega à saída da caverna, deparando-se com uma luz ainda mais intensa: a luz do sol. Assim, a luz representa a sabedoria que liberta dos grilhões da ignorância.
IV – Uma alquimia
Os alquimistas acreditavam que o mundo material era composto por matéria-prima sob várias formas. As primeiras dessas formas eram os quatro elementos (água, fogo, terra e ar). Através da destilação, combustão, aquecimento e evaporação seria possível transformar uma forma ou matéria em outra. As matérias-primas do processo alquímico são, entre outras, o sal, o mercúrio e o enxofre. A Alquimia, deve ser interpretado como uma metamorfose, uma passagem de um plano de realidade para outro e a modificação do sujeito em sua própria natureza. Em outras palavras, à medida que o alquimista se transforma interiormente, ele aumenta sua capacidade de modificar o mundo que o cerca.
V – Uma boa nova
Na tradição cristã é o galo quem anuncia a boa nova, tanto do nascimento de Jesus, cantando à meia-noite, quer saudando, ao nascer da aurora, a Ressurreição de Cristo para a vida eterna. De fato, na simbologia cristã, o Galo simboliza a nova luz. A Missa do Galo, também conhecida por Missa da Meia-Noite, é a missa da luz.
O Galo também simboliza o estado de vigília e vigilância, sobretudo na luta pelo bem e contra a traição e os desvios dos princípios da ética. É o galo que irá anunciar, com o seu canto, a traição de Pedro a Jesus, negando, por três vezes, conhecê-lo:
“Em verdade te digo: Hoje, nesta mesma noite, antes que o galo cante duas vezes, três vezes me terás negado (Marcos 14:30)”.
O galo anuncia que as trevas da noite dão lugar à luz do novo dia, na tradição Cristã, como o Sol, Jesus, com seu nascimento, traz a luz verdadeira para a humanidade.
Autores: Fabiano Fontana Breda; Robson Posnik; Cleverson Veríssimo Zawadski
Orientador: Marco Aurélio Visintin
A.·. R.·. L.·. S.·. Joaquim Gonçalves Ledo No. 3079 – Curitiba/PR.

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Referências
http://pedro-juk.blogspot.com/2018/07/camara-de-reflexao-ii.html
http://cidademaconica.blogspot.com/2007/07/reflexes-sobre-cmara-de-reflexes.html
https://focoartereal.blogspot.com/2016/04/camara-de-reflexoes.html
https://www.freemason.pt/secmaconaria/simbolismo/a-camara-de-reflexao/amp/